terça-feira, 21 de agosto de 2007

DESASTRE

Havia uma xicara, não muito diferente de uma outra qualquer.
Sua unica estabilidade era uma mesa, assim como uma mesa qualquer.
A imobilidade da xicara, se adaptava perfeitamente a rotina daquele ambiente.
E em um dia como outro qualquer, a xicara despreendeu-se da agradavel segurança da mesa e espatifou-se no chão porém, não despertou tanta atenção, não fez barulho, nem se deram ao desprezo de limpar os inumeros cacos do chão.
Aquela xicara era uma alma assim como outra qualquer. A estranha xicara estava vazia, e destruiram a xicara com apenas um leve toque !!
Como um pobre ser sem perspectivas, manobrado ao sabor das circunstancias, e nitidamente esgotado.
E agora pisam nos cacos de uma triste alma espalhada no chão, não faz diferença, porque neste momento apenas os regentes do universo, observam com curiosidade que na queda entre os cacos, a xicara estava tão.. vazia..
porque era só uma mesa qualquer... e era só uma xícara qualquer... derretidas em cacos quaisquer... transformadas em palavras quaisquer


Fabio reis (2001)

3 comentários:

Martta Leal disse...

Eu já te disse o que eu achei deste texto ne?? Até hoje ele esta em meu cel...
Tadinha da xícara, ninguém nem olhou para ela, não deram o mínimo valor... É mas talvez seja melhor nem ser notado.

{Sabe o que isso me lembrou... Algo que aconteceu numa determinada biblioteca de uma determinada cidade... Porem a "Xícara" em questão ao cair atraiu olhares e muita atenção de todos que souberam do acontecido e que realmente se importaram com ela...}

bjocas menino

Anônimo disse...

bixão... vc ta quase um poeta! alias, eu acho q já espalhei por ai q vc tem dotes pra ser um poeta! heheh curti a ideia da xícara c a alma, bem bolado hehe vlw

Nara Senna disse...

Seria demais, chamar-me de "xícara"?